pobre destino

[Cap. LVII Destino] Pobre Destino! Onde andarás agora, grande procurador dos negócios humanos? Talvez estejas a criar pele nova, outra cara, outras maneiras, outro nome, e não é impossível que… Já me não lembra onde estava… Ah! Nas estradas escusas. Disse eu comigo que já agora seria o que Deus quisesse. Era a nossa sorte […]

[Cap. LVII Destino]

Pobre Destino! Onde andarás agora, grande procurador dos negócios humanos? Talvez estejas a criar pele nova, outra cara, outras maneiras, outro nome, e não é impossível que… Já me não lembra onde estava… Ah! Nas estradas escusas. Disse eu comigo que já agora seria o que Deus quisesse. Era a nossa sorte amar-nos; se assim não fora, como explicaríamos a valsa e o resto? Virgília pensava a mesma coisa. Um dia, depois de me confessar que tinha momentos de remorsos, como eu lhe dissesse que, se tinha remorsos, é porque me não tinha amor, Virgília cingiu-me com os seus magníficos braços, murmurando:

— Amo-te, é a vontade do céu.

Imagem: Estrada da Serra da Rola Moça, Foto Wikemedia Commons

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