um cubas!

[Cap. XLIV Um Cubas!] Meu pai ficou atônito com o desenlace, e quer-me parecer que não morreu de outra coisa. Eram tantos os castelos que engenhara, tantos e tantíssimos os sonhos, que não podia vê-los assim esboroados, sem padecer um forte abalo no organismo. A princípio não quis crê-lo. “Um Cubas! um galho da árvore […]

[Cap. XLIV Um Cubas!]

Meu pai ficou atônito com o desenlace, e quer-me parecer que não morreu de outra coisa. Eram tantos os castelos que engenhara, tantos e tantíssimos os sonhos, que não podia vê-los assim esboroados, sem padecer um forte abalo no organismo. A princípio não quis crê-lo. “Um Cubas! um galho da árvore ilustre dos Cubas!” E dizia isto com tal convicção, que eu, já então informado da nossa tanoaria, esqueci um instante a volúvel dama, para só contemplar aquele fenômeno, não raro, mas curioso: uma imaginação graduada em consciência.

– Um Cubas! repetia-me ele na seguinte manhã, ao almoço; eu próprio estava a cair de sono. 

Imagem: Pai e filho, PNGWing

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