Referência a Pierre-Simon Laplace (1749-1827), matemático, astrônomo e físico francês. No trecho, Brás Cubas usa o nome do cientista como metáfora para humanidade, contrapondo-a à forma da tartaruga. Enquanto Laplace representaria as características de raciocínio por abstração e intelectualidade (características atribuídas ao ser humano), a tartaruga ocuparia o polo oposto, por ser um réptil de difícil demarcação de origem na história evolutiva, com características ainda pré-históricas. Assim, o paralelo do defunto autor dá a entender que o embrião se foi em uma fase tão prematura de seu desenvolvimento que sua forma poderia ser a de qualquer animal, do mais ao menos “evoluído”.
Imagem: Pierre Simon Laplace / Retrato póstumo, por Madame Feytaud, 1842