memória e escrita

“Memória” em Memórias Póstumas , ao contrário do senso comum,  não se reduz à narração de um defunto-autor sobre acontecimentos de sua vida passada, numa chave autobiográfica. Desde a estranha Dedicatória, são “estas Memórias Póstumas” que dedicam ao destinatário, o “verme-leitor,” as suas memórias, isto é, aquelas que nascem do berço da escrita deste defunto-autor Brás Cubas.

 É pelos links entre capítulos, frases, personagens, citações e alusões que  a escrita opera à semelhança de um tecido hipertextual por meio de associações do livro e do leitor, num movimento para trás e para a frente, em saltos e encaixes de um capitulo em outro, recuperando a roedura do verme e das associações mnemônicas.

Imagem extraída da matéria 5 mitos sobre o cérebro que devem ser esquecidos, da revista Galileo.