A quimera é uma criatura mítica cuja forma física é um híbrido de dois ou mais animais. Na mitologia grega (segundo a versão mais difundida da lenda), a quimera é produto da união entre Equidna — metade mulher, metade serpente — e o gigantesco Tifão. Outras lendas a fazem filha da hidra de Lerna e do leão da Nemeia, mortos por Hércules [Fonte: Wikipedia]. Independente da origem ou formato (que pode unir a cabeça de leão a asas de dragão ou a um corpo de cabra com cauda de serpente), o imaginário desse monstro pode se prestar a um sentido metafórico. Figurativamente, o termo quimera se refere a qualquer composição fantástica, absurda, monstruosa ou incoerente, constituída por elementos disparatados ou incongruentes, significando também utopia. Por extensão, também poderia ser o produto da imaginação, um sonho ou fantasia. No contexto de Memórias Póstumas, as quimeras paternais aludem ao segundo significado, dadas as expectativas de Brás Cubas de tornar-se pai.