Tamerlão [1336-1405] foi um dos grandes guerreiros e conquistadores do império turco, graças à excelência de seu desempenho militar, astúcia e uso do terror. A apropriação que o defunto-autor faz dessa figura reverte-a pelo avesso ao reduzi-la à alucinação de um doido – Romualdo – que imagina ser Tamerlão, rei dos tártaros, pela simples repetição da palavra tártaro. O jogo sonoro e reverberativo faz de Tamerlão um rei sem reino, destituído de qualquer poder.